quarta-feira, 26 de agosto de 2009

“JOELMA 23º ANDAR” – UM FILME ESPÍRITA


Joelma 23º andar
Dirigito por Sebastião de Souza Lima
“JOELMA 23º ANDAR” – UM FILME ESPÍRITA
“Uma história real, um narrativa para provar que a vida continua depois do túmulo!”; “Baseado num livro de Chico Xavier, um filme para nunca mais esquecer...”; “O diálogo de Chico Xavier com os mortos, pela primeira vez mostrado no cinema!” – são algumas das frases utilizadas pelas seções de anúncios de filmes dos jornais, como chamadas para o filme nacional Joelma 23º Andar.
Lançado em abril de 1980, vem alcançando sucesso nas principais cidades brasileiras. Em São Paulo, conseguiu o 1º lugar dentre os filmes nacionais, de preferência do público, com 82,9%, somando os índices Bom e Ótimo. (Bolsa de Cinema, Folha de S. Paulo, S. Paulo, 23/06/80.)
Não acompanhando os temas tradicionais de nossa época, o diretor das Produções Cinematográficas Souza Lima, Sebastião de Souza Lima ( * ), realizou um filme diferente, com roteiro baseado no livro Somos Seis, psicografia de Francisco C. Xavier, Espíritos Diversos e comentários de Caio Ramacciotti.
Além de corajoso, podemos afirmar que Souza Lima foi honesto, mantendo, durante a realização do filme, um contato cordial e sincero com a família focalizada e com o médium Chico Xavier. Não apelou para o sensacionalismo. Na medida de seus recursos, seguiu a descrição do livro consultado. Apesar de alguns senões do ponto de vista doutrinário, podemos dizer que é um filme espírita. Talvez o primeiro filme espírita brasileiro. Joelma 23º Andar traz um mensagem indiscutível de esclarecimento e consolo, transmitindo a certeza na imortalidade da alma e na possibilidade de comunicação entre os vivos Daqui e do Além.
Elucidação do produtor Souza Lima
“Em 1975, um ano após termos registrado com nossas câmeras as dramáticas cenas do incêndio no Edifício Joelma, surgia a idéia de usarmos aquele material num filme longa metragem, porém, tal idéia de usarmos aquela material passada plano, por vários motivos. Um dos quais: o mal-entendido. Afinal, estávamos diante de uma tragédia sem precedentes, que ceifou a vida de centenas de pessoas. O povo, principalmente o paulista, jamais encararia o filme, sendo exibido no circuito comercial, como um trabalho de reportagem.
Para levar a cabo tal projeto, seria necessário o aparecimento de um dado novo, alguma coisa, que aliada ao filme, lhe desse uma nova forma e afastasse de vez as acusações de oportunismo, que certamente sobreviriam.
Assim, aquelas imagens correram o mundo, mas em forma de filme puramente didático, exibido em salas fechadas, no treinamento de Brigadas Contra Incêndio, em vários países.
Embora como segunda hipótese, a idéia do longa metragem permanecia. Era uma suprema vontade jornalística de sair daquelas pequenas salas e mostrar ao grande público, o que foi aquele dia na história de São Paulo. Mostrar como a vida é frágil e a vontade de viver, ainda que num mundo material cada vez mais frio e desumano, se revela assustadoramente forte na presença do perigo. Mostrar também a atuação do bombeiro, que em decorrência de sua imagem de super-herói, já quase não é visto como ser humano normal, que como nós carece de proteção.
O tempo foi passando, passaram quatro longos anos. Até que a escritora Dulce Santucci nos apresentou um roteiro adaptado do livro Somos Seis, psicografado por Francisco Cândido Xavier, que continha entre outras, a mensagem de uma jovem, vítima do incêndio, que através da psicografia, voltava para consolar sua saudosa mãe.
Neste ponto, a idéia de realizar Joelma 23º Andar, já era uma enorme bola de neve, que rolava, rolava e não parava de crescer. Faltava apenas a permissão da mãe daquela jovem para que o filme fosse finalmente rodado, permissão que só seria dada se do Além, a filha se mostrasse a favor. Houve uma nova reunião com Chico Xavier e veio o consentimento, desde que o filme representasse uma bandeira de fé e esperança para aqueles que sofrem aqui na Terra.
Resumindo e finalizando, Joelma 23º Andar é uma fusão de dois pólos distintos: a fragilidade da matéria com a grandeza do Espírito. E, exatamente por dividir a opinião pública quanto à sua importância, não situar-se na mesmice e não deixar-se rotular, de certo causará polêmicas.”

Sinopse
Produções Cinematográficas Souza Lima elaborou o seguinte resumo do filme:
“Partindo de acontecimentos verídicos, Joelma 23º Andar, conta a história de uma família profundamente abalada pela tragédia que ceifou centenas de vidas no fatídico dia 1º de Fevereiro de 1974, em São Paulo: O Incêndio do Edifício Joelma.
Lucinda (LIANA DUVAL), é uma viúva que luta pela sobrevivência, ao lado de seus dois filhos solteiros: Lucimar (BETH GOULART) e Alfredo (CARLOS MARQUES).
Vindos do interior paulista, preparam-se para enfrentar dias melhores. Alfredo consegue emprego numa grande firma que ocupa um dos andares do Edifício Joelma. Lucimar estuda e trabalha em outro local, porém, Alfredo desejoso de ter a irmã perto de si, arranja-lhe uma colocação no mesmo edifício, numa empresa do 23º andar.
Lucimar é uma jovem bem comportada e profundamente mística. É eficiente no trabalho e seu maior sonho é entrar para a Faculdade. Leitora assídua das obras de Francisco Cândido Xavier, Lucimar é altamente espiritualizada e freqüentemente tem premonições sobre acontecimentos futuros. Ela antevê, com absoluta precisão, o incêndio do Edifício Andrau, fato que a deixa extremamente abalada.
No Edifício Joelma, também trabalha Jair (ED CARLOS), apaixonado por Marina (MARCIA FRAGA), secretária de um milionário egoísta (PAULO FARAH), que só se preocupa com dinheiro, Marta (MARIA FERREIRA), Sônia (ALVA MAR) e Regina (VILMA CAMARGO), as amigas mais íntimas de Lucimar.
No dia do incêndio, a vida corre como de costume. Jair perde a hora e não consegue chegar a tempo no escritório. Marina vai ao cartório, a mando do patrão, levar uns títulos para protesto.
De repente alguém grita: FOGO! FOGO!... Dentro de alguns instantes a tragédia está consumada. Lucimar mantém a calma e procura ajudar as colegas, que em desespero agem imprudentemente. Tudo é confusão e horror!
Na rua, em frente ao Joelma, Alfredo procura desesperadamente pela irmã em meio às vítimas resgatadas pelos bombeiros. Jair procura por Marina, pessoas aflitas lançam-se do alto do edifício. Todos os recursos são mobilizados pelas autoridades. A imprensa registra o fato. Horas depois, o fogo é dominado.
Alfredo, depois de horas de desespero, consegue localizar o corpo da irmã no IML. Vai buscar Lucinda que está apavorada, temendo pelos filhos. Lucinda é cardíaca e ter conhecimento da morte da filha pode ser fatal para ela, então, Alfredo leva-a até um instituto de cardiologia para dar-lhe a notícia. Em meio ao caminho. Lucimar aparece em espírito para Lucinda e lhe conta que está morta. Lucinda, emocionada, interroga Alfredo e este confirma.
Os meses passam, Lucinda continua pensando na aparição da filha. Profundamente Católica, não quer acreditar no que viu. Aconselhada por uma amiga (LANDA LOPES), vai com seus filhos Lucinéia (MARLY DE FÁTIMA) e Alfredo até Uberaba, conversar com Chico Xavier, que lhe transmite uma consoladora mensagem psicografada de Lucimar, com termos inegáveis de veracidade, dizendo também, que um outro mundo cheio de paz está à espera dos que aqui padecem...”
FONTE:
http://www.uema.com.br/filmes/189/

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