quinta-feira, 26 de novembro de 2009

A essência da arte e o Espírito


Armando Souto Maior

Mesmo com as limitações, o homem é o único ser na terra que tem capacidade estética e daí se infere que a apreciação da beleza é uma experiência somente humana. A natureza em si mesma não é nem feia nem bonita. Ela apenas existe. O homem quando contempla uma paisagem, uma planta, uma flor ou uma aurora admira sua organização, sua exatidão, as leis que a regem, de acordo com sua evolução intelectual e a elas, de certa maneira, se incorpora. Esta inserção é o que chamamos de estética. As formas naturais são para o artista como as palavras são para a linguagem: absolutamente indispensáveis, mas, isoladamente, sem beleza.

O prazer que produz a contemplação das coisas naturais é a "emoção" estética. Quando dizemos que um pôr-de-sol é lindíssimo ou que um pássaro é belo usamos, evidentemente, adjetivos que não lhes correspondem técnica ou cientificamente. Convém acrescentar que vivemos influenciados por idéias tradicionais de representação de coisas naturais. Assim, estamos acostumados a ver a arte associada à natureza e acabamos sempre por fundi-las, dando às coisas naturais um valor que em realidade não têm. É verdade que podemos combinar ou reunir coisas naturais, criando desse modo uma obra artística, mas o belo nessa composição é fruto de nossa participação. O fenômeno artístico está acima da razão humana, limitada que é, e não se pode medir. Pensar na infinitude de Deus é uma solução esclarecedora.

A música pode imitar a natureza como no famoso "vôo do besouro" e nas músicas ditas e tidas como "descritivas", com as quais, próxima ou remotamente e podemos fazer associações. Um quadro de uma paisagem é uma imitação, mesmo que a paisagem seja imaginária. As madonas de Rafael, por exemplo, são representações de formas naturais: nelas há uma forma de mulher, talvez com um menino. E, provavelmente, montanhas, árvores e o céu. Algumas árvores podem ter um aspecto mais frondoso e um mágico verde escuro, o céu parece brilhar como se fora esmaltado, a mulher apresenta uma serenidade que não se pode observar em nenhuma das que conhecemos no nosso cotidiano, e a criança uma candura e uma inocência maravilhosas. Todos estes adjetivos que usamos são humanos e esse "sentido de humanidade" é obtido não pela simples seleção de diversos elementos naturais e não por uma aproximação da natureza em algo humano. Ou seja, a madona de Rafael, as montanhas, as árvores, o céu, foram "embelezados" por uma suave, ligeira e sutil transformação para-natural, essencialmente estética, indefinível e impossível de se medir. Isto é o que constitui a essência da arte.

Consciente disso o homem de hoje pode apreciar o que é estético nas obras de arte do passado, e de sua época, com maior conhecimento e mais universalidade do que seus antepassados e até se deleitar com manifestações artísticas de povos primitivos. Por isso é que, mesmo que o homem culto moderno esteja convencido da impossibilidade de definir "arte", não poderá dominar seu permanente desejo de averiguar as origens da experiência estética e considerar de suma importância o lugar que ela ocupa no seu espírito e na sua vida.

Artigo de capa do Jornal Espírita de Pernambuco, n. 68, editado pelo Centro Espírita Léon Denis, Av. Norte, 104 - Santo Amaro CEP 50040-200 - Recife - PE - E-mail: Idenis@elogica.com.br, sem dúvida, um dos mais belos e completos jornais espíritas brasileiros.
fonte:http://www.espirito.org.br/portal/artigos/diversos/arte/a-essencia-da-arte.html

sábado, 21 de novembro de 2009

NOSSO LAR O FILME


Após a morte do seu corpo físico, famoso médico acorda no mundo espiritual e vai viver numa colônia que paira sobre a Terra, onde terá que aprender novos valores morais e vencer a saudade da família na Terra. Adaptação para o cinema do livro homônimo escrito por Chico Xavier.
FONTE:http://epipoca.uol.com.br/filmes_detalhes.php?idf=22413

ESCLARECIMENTOS SOBRE A PRODUÇÃO DO FILME " NOSSO LAR "

O Blog TRILHAS Recebeu 15 (QUINZE) comentários sobre a matéria da produção do Filme " Nosso Lar" e destacamos aqui dois deles:

O primeiro foi de um dos membros integrantes do filme que não quis identificar-se e o segundo foi do Ator RENATO PRIETO, que representa ANDRÉ LUIZ no filme.
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--> COMENTÁRIOS REPRODUZIDOS NA ÍNTEGRA:
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Prezado Mario,

Realmente um grande pequeno "furo" de reportagem "roubando" uma foto de um cenário do filme - provavelmente sendo montado ainda, porque o cara sentado na maca não é sequer personagem.
Bacana ainda a colagem de imagens que você fez, encontrando informações que estão no site do filme www.nossolarofilme.com.br e também buscando no You Tube videos amadores para exemplificar, além, é claro, das imagens do livro da Heigorina Cunha, o Cidade no Além.

Queria, no entanto, esclarecer-lhe e pedir que você esclarecesse duas informações muito importantes: não se trata de uma produção americana mas sim brasileiríssima. Há uma parte da equipe estrangeira, com gente do Canadá e dos Estados Unidos. Apenas isso. E o filme já está em fase de finalização, com efeitos visuais sendo feitos no Canadá e nunca realizados no cinema brasileiro.

Por fim, um pedido - você pode esclarecer aos seus leitores que as imagens mostradas, tanto do You Tube quanto da própria internet (como no caso da imagem inicial, no topo da página) NADA têm a ver com o filme?
Muita paz e parabéns por dar seguimento ao tema. Precisamos da Internet para divulgar este filme desde já.
Grato,

Um amigo que, claro, participa do filme e não gostaria de se identificar
11 de Outubro de 2009 20:44
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Ola, Mario,
sou eu de novo, seu amigo anonimo que participa do filme.

Venho pedir novamente que indique que os videos do You Tube NADA TEM A VER com o filme. Como jornalista, seria bom que voce informasse a seus leitores isso.

As imagens do filme estarao muito em breve para o grande publico. Tenho certeza que voce podera ajudar e muito nessa divulgacao.

Ainda, mais um detalhe - as imagens de Santa Tereza NAO sao locacoes do filme tambem. Uma pena...mas posso te adiantar que filmamos por lá, em outro lugar.

E, claro, a informacao de que o Chico Xavier escreveu o roteiro tambem esta equivocada. Imagino que esteja no site da Ancine, porque voce usou valores de orçamento que estao desatualizadissimos...

No mais, obrigado por falar e movimentar esse blog com esse intuito. Agradecemos em nome do filme.

E, aos que reclamaram do anonimato, exercitamos aqui o despersonalismo tao falado e ensinado na cidade. Apenas as informacoes valem. E o filme eh maior que todos...

Que todos os que lerem essas informacoes possam dissemina-las com o teor da verdade.
Muita paz,
Um membro da equipe do filme Nosso Lar

2 de Novembro de 2009 17:49 Anônimo disse...
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Mario

tudo chega muito rápido. soube do seu blog .realmente é o cenário mas não sou eu na foto..como ja foi feito um comentário-verdadeiro- de um anônimo da equipe ...confirmo
SIM, represento no filme o André Luiz..e fico muito feliz em contribuir fazendo a minha parte na divulgação desta doutrina que tão bem responde aos nossos questinonamentos/dúvidas fazendo com que caminhemos em PAZ.

Renato Prieto
parabéns.

15 de Outubro de 2009
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NOTA:--> Mário Cesar Filho é o feitor da Matéria e da foto do Cenário do Hospital do Filme Nosso Lar.Veja matéria em seu blog: http://rascunhopassadoalimpo.blogspot.com e O CRÉDITO da reportagem sobre o “ AEROBUS ” é do Jornal Zero Hora.

-> Geraldo Mota Valintim é o Administrador dos Blog TRILHAS : http://valintim.blogspot.com, que atendendo ao pedido de um dos integrantes do Filme NOSSO LAR, que não quis identificar-se, refez esta matéria.
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Clic na Imagem para Ampliá-la

A cena filmada neste espaço é do momento em que André chega ao hospital da colônia NOSSO LAR, depois de um longo período no Umbral

CENÁRIO DO FILME " NOSSO LAR "
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Mário Cesar Filho
Atividade: Comunicações ou mídia
Profissão: jornalista
Local: Rio de Janeiro : Brasil
Blog:http://rascunhopassadoalimpo.blogspot.com


Em meio à rotina do trabalho, algo interessante aconteceu esta semana. No prédio em que trabalho, distante do centro urbano, reparei nas últimas semanas uma movimentação de operários construindo uma espécie de cenário. E na última segunda-feira percebi que estava certo. A foto acima representa um dos cenários de um filme que está sendo rodado. Trata-se da filmagem de Nosso Lar, baseado no livro espírita homônimo, psicografado por Chico Xavier através do espírito André Luiz.
Quem conhece este livro, sabe que é uma das obras mais importantes para compreensão do mundo espiritual, e assim da Doutrina Espírita. Publicada em 1944, é a primeira de uma série de obras psicografadas de André Luiz.
Confesso que fiquei feliz em presenciar de perto este momento, por dois motivos. Primeiro que sou apaixonado pelo universo do cinema, e vejo com muitos bons olhos o cinema nacional voltando a fazer sucesso. Segundo porque vejo com entusiasmo a oportunidade de transformar em filme (de grande produção por sinal) uma história fantástica que narra o dia-a-dia da maior colônia espiritual do Brasil, com milhões de espíritos desencarnados, apresentado por um espírito de luz como André Luiz. Na verdade, o próprio conta a sua história de como ele chegou a esse ambiente, nos desvendando o universo espiritual.
Além de tudo isso, como que “por acaso”, esbarrei na entrada do banheiro com o ator Renato Prieto, que interpreta no filme André Luiz. Muito simpático, este ator é bastante reconhecido no meio espírita principalmente pelo seu trabalho de divulgação da doutrina através de suas belas e emocionantes peças, entre elas Além da Vida (que tive o privilégio de assistir), E a vida continua, e o próprio Nosso Lar.
Ele me contou que o filme é uma produção americana (não chegou a mencionar o nome, mas desconfio que seja Fox Filmes), com a maioria da equipe, portanto, estrangeira, mas com elenco nacional, incluindo ele. É gratificante saber que existe interesse estrangeiro (no caso a Fox) em querer filmar uma história espírita e nacional, já que se baseia no livro de Chico Xavier.
A produção realmente impressiona pela sua estrutura, com número de profissionais envolvidos, equipamentos utilizados etc. Uma boa produção, um elenco excelente e uma história fantástica são elementos fundamentais para acreditar que este é um filme que promete! E espero conferir o mais breve o resultado final na tela grande.

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CONSTRUÇÃO DO AEROBUS DE “ NOSSO LAR ”_____________________________________________


Filme brasileiro será baseado no livro psicografado Nosso Lar, de Chico Xavier.

Débora Ertel/Da Redação

Novo Hamburgo 21/08/2009 - Em breve o talento de um artista hamburguense será conhecido na tela dos cinemas de todo o Brasil. Alvoni Nissola da Silveira, 51 anos, foi o responsável pela construção do ônibus espacial que irá compor o cenário do longa-metragem brasileiro Nosso Lar. O filme é baseado no livro Nosso Lar, psicografado por Chico Xavier pelo espírito do médico André Luiz. Embora o meio de transporte intergalático não se movimente, seu tamanho é real. Com a ajuda de dez colaboradores, o artista precisou de dois meses e meio para fazer o aerobus de 14 metros de comprimento, três de largura e lugar para 34 passageiros. A peça foi produzida com 95% de fibra de vidro e 5% de madeira.

A equipe de trabalho não teve moleza, em ação de segunda à sexta-feira, das 8 às 22 horas, aos sábados e algumas vezes até aos domingos. Na noite de quarta-feira um guincho colocou a obra de arte, construída em um galpão do bairro Boa Saúde, no caminhão. Hoje ao meio-dia o equipamento, com cerca de três toneladas, deverá chegar numa fazenda da capital do Rio de Janeiro e aguardar pelas gravações.
Concurso
Silveira, além de construtor de projetos, é técnico em fiberglass e designer, é especialista em metalurgia e tornearia e amante de carros antigos. A experiência de 27 anos, aliada ao detalhismo adquirido na restauração de veículos com fibra de vidro, fez com que o hamburguense vencesse o concurso para construir o ônibus espacial. Segundo ele, seu trabalho foi descoberto por meio da internet. "Quando eu vir o aerobus no cinema será muito gratificante", comenta. Enquanto isso, ele já trabalha em outros projetos. Um é a conclusão da restauração de um Shelby Cobra e o outro é a tratativa para construir uma cabine de avião, que será usada para simulação de voos.
FONTE: http://www.jornalvs.com.br/site/noticias/geral,canal-8,ed-60,ct-501,cd-212807.htm
-->Clique na Foto para Ampliá-la

Foto:Diego Vara
Ônibus espacial "invade" BR-116
Pesando cerca de três toneladas, a peça levou quase três meses para ficar pronta

Peça fará parte de longa-metragem inspirado em livro psicografado por Chico Xavier
Quem passou nesta quarta-feira pela BR-116, em Novo Hamburgo, no Vale do Sinos, deparou com uma cena inusitada. Uma réplica de um ônibus espacial com 14 metros de comprimento e 10 metros de largura, rebocado por uma carreta, se deslocava pela rodovia em direção ao Rio de Janeiro.
A peça, produzida em solo gaúcho, fará parte das filmagens do longa-metragem inspirado no livro psicografado por Chico Xavier, chamado Nosso Lar.
Pesando cerca de três toneladas, a peça levou quase três meses para ficar pronta. Produzida em um galpão no bairro Boa Saúde. A obra, produzida por Alvoni Nissola da Silveira, foi feita em madeira, fibra de vidro e acrílico e deve chegar ao Rio de Janeiro no final de semana.
ZERO HORA
FONTE: http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default.jsp?uf=1&local=1§ion=Geral&newsID=a2624262.xml
EQUIPE DE FIGURINO DO FILME "NOSSO LAR"

FOTOS DO LOCAL DE CENÁRIO DO FILME: BAIRRO DE SANTA TERESA-RJ




Produtores comentam filme Nosso Lar (2010) em visita a FEB

BOLETIM TV CEI-> Entrevista com Luiz Augusto de Queiroz, Diretor do Banco BRJ que Investe no Filme através do FUNCINI
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SERVIÇO:
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Nosso Lar [Em Produção]
(Nosso Lar, Brasil, 2010)

Orçamento: R$ 4.094.504,21 (estimado)
Status: Filmando
Gênero: Drama
Tipo: Longa-metragem / Colorido
Produtora(s): Cinética Filmes e Produções
Diretor(es): Wagner de Assis
Roteirista(s): Chico Xavier



FONTE: http://valintim.blogspot.com

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

PORQUE ME TORNEI ESPÍRITA - RENATO PRIETO - ATOR/DIRETOR


Depoimento - Livro porque me tornei espírita - Renato Prieto

Você não imagina o que se vê de estranho quando se representa a peça "Além da vida"

Os carros se enfileiravam na entrada do Sesc (Serviços Social do Comércio) no bairro de Madureira, cidade do Rio de Janeiro. No interior do prédio, a pessoas se acumulavam à porta do teatro. A temperatura estava com a indefinição de quando não sabemos se tiramos ou se deixamos o pulover no corpo. Porém, havia certa ansiedade quente o pairando no ar, pois já estava quase na hora de começar a apresentação da peça “Além da vida”, baseada no livro homônimo psicografado por Francisco Cândido Xavier. Positivamente, havia uma agitação diferente, algumas pessoas com mediunidade mais avançada já haviam identificado espíritos ao derredor, outras mais sensíveis foram capazes de vê-los e ouvi-los. Dava a impressão de que alguma coisa iria acontecer... Ao soar o toque de entrada, o público tomou a platéia e, pouco depois, seguiu-se o primeiro ato do espetáculo espírita.

O ator Renato Prieto, antes mesmo de entrar em cena, sentiu no vazio as energias estranhas que logo identificou serem emanadas de espíritos, ocupando todos os lugares, nos camarins, no palco, na entrada do teatro... determinados em assistir ao desenrolar da peça. Embora estivesse concentradíssimo em seu personagem para melhor defender sua atuação, o ator percebeu também as vibrações do conjunto do público, como uma brisa cálida invadindo as dependências da casa de espetáculos. Artista experiente, não tivera antes a mesma sensação em outros trabalhos de tema espiritual.

Renato procurava não se desconcentrar, ainda mais que já havia muito era espírita e tinha perfeitos conhecimentos dos fenômenos dos quais se via cercado. No entanto, ao percorrer os ambientes, via estranhas luzes surgirem à sua frente. Eram diminutos raios de luz perdurando curto espaço de tempo, como estrelas cadentes; eram pontos luminosos que não iam além do tamanho de uma moeda, pipocando bem diante dele, nos corredores do teatro, no palco, em todos os lugares; sombras a lhe rasparem o canto da visão, para quando houvessem seduzido seu olhar já logo desaparecer, sem se deixar ver de chapa, a olhos cheios. Porém, ainda mais impressionante era o que se passava com ele na coxia (pequeno corredor atrás do cenário), ao transitar de um lado para outro por exigência das novas cenas. Nessa passagem, de vez em quando, ele literalmente esbarrava com espíritos, quer dizer, sentia como se houvesse dado encontrões com almas do outro mundo.

Como se costuma explicar, esses seres desencarnados, embora estejam em outro plano, vibram em freqüência mais baixa e tornam-se mais densos e por essa razão, ficam mais propícios à tangibilidade. De início, Renato Prieto pensou tratar-se de algum colega e inadvertidamente vinha em direção contrária, pois, na correria de lado a outro da coxia, nem sempre se podia divisar um corpo fundido na massa escura. Porém, rápido se dava conta de estar absolutamente sozinho! Em outras ocasiões, Renato Prieto me afirmou categoricamente que teve a aflitiva experiência de trespassar espíritos. Sim, exatamente isso, por mais incrível que possa parecer! Ele se via varando uma espécie de campo magnético, numa sensação realmente indescritível, por não encontrar paralelo em sua vida.

Contudo, Renato Prieto já estava bastante acostumado com todos esses fantásticos fenômenos. Afinal, ele convivia com eles desde o início das apresentações do Além da vida, isso havia mais de dez anos. Chegava mesmo a levar a coisa de forma muito natural, como era de seu estilo. Já passava e ia pedindo desculpas em quem esbarrasse, fosse colega de trabalho, fosse espírito desencarnado. Quem o surpreendesse nesse momento certamente o consideraria louco, correndo pela coxia pedindo desculpas no escuro, sem haver ninguém ao seu lado!

Enfim, tais envolvimentos espirituais, que fariam qualquer um sentir frio na espinha, já não o alteravam mais. Ele continuava compenetrado em sua atuação até o espetáculo chegar aos instantes finais. Mais uma vez, ele deixou o palco preparando-se para voltar na última cena, ao lado de todos os outros atores. Aí, parado em algum canto da coxia, seus olhos se perderam numa fresta de luz foragida do palco, e seus pensamentos o levaram para longe dali. Talvez pensasse em seus primeiros contatos com o plano espiritual.

Normal. Foi exatamente esta a palavra usada por ele para definir como o Espiritismo entrou em sua vida, de uma forma normal. Não deixa de ser até um pouco engraçado observar que alguém procura esta Doutrina com a naturalidade de quem abre a gela­deira a fim de achar algo para comer, enquanto outros se vêem praticamente arrastados a ela. E isso fica muito claro aqui, nos depoimentos deste livro, como em tantos casos mais que se nos deparam em nossa vida. 0 ator, e também diretor de teatro, Renato Prieto, faz parte do reduzidíssimo grupo de pessoas que, ao mínimo contato, já se vincula à prática espiritual de forma segura e sem as oscilações provocadas pela cisma em relação aos conceitos.

E, ao pisar pela primeira vez em um Centro Espírita, ele já encarou a reunião dessa maneira normal a que se referia. Contava com dez ou onze anos, quando uma amiga o levou para assistir aos trabalhos em comunhão com o plano oculto. Ficou tranqüilo como se desde o colo houvesse acompanhado a mãe em rodas espíritas. Mas, não, nunca havia pisado em locais como aquele e, no entanto, não atribuía nenhum corte divisório, rígido ou mesmo drástico, entre o mundo material e o plano dos espíritos desencarnados. Considerava-os como um só, coerentemente um só, apenas em dimensões diferentes. Mas o fato de ele julgar como perfeitamente naturais essas ocorrências, vistas pela maioria das pessoas como esdrúxulas e ameaçadoras, não diminuiu seu entusiasmo de conhecê-as mais profundamente. E, assim, com sua fé inata, acrescida de sua enorme curiosidade, o pequeno Renato se interessava por todas as coisas de natureza mística. Era Centro Espírita, era terreiro de umbanda, de candomblé e mais o que aparecesse. Realmente, não tinha nenhum preconceito.

Quando chegou aos 20 anos, porém, iria começar a definir sua linha de trabalho espiritual por meio de um rato um tanto quanto intrigante ‑ o primeiro de uma série que o iria envolver nos poderes do mundo invisível. Já na época, ele era um ator profissional e morava num apartamento no Rio de Janeiro. Estava para pegar sua mala mal descansada, pois faria mais uma viagern ao interior do estado, com o objetivo de atuar numa peça teatral em temporada de quatro dias. Antes, porém, resolveu depositar o lixo de sua residência na lixeira de seu andar. Era um pequeno cômodo que possuía ao fundo uma gaveta de bom tamanho, onde se entulhavam as sobras dos domicílios e onde exatamente Renato se deparou com dois livros dispensados pelo vizinho. Como ele era um leitor voraz, não se incomodou de tirá-los do meio do lixo para ler seus títulos. Eram, na verdade, dois livros espíritas, ambos psicografados pelo maior médium brasileiro, Francisco Cândido Xavier. Tratava-se das obras "E a vida continua" e "No mundo maior".

0 achado foi verdadeiramente providencial, pois Renato dispôs de muito tempo vago em sua viagem, aproveitando-se do retiro interiorano para ler com tranqüilidade. Nos momentos em que o deixavam esquecido no quarto, longe dos palcos, ele devorou os dois livros. Que novos horizontes se lhe abriram naquelas páginas! Como eram interessantes em suas abordagens sobre os dois mundos, o espiritual e o material, e o constante mecanismo de interação entre eles! Impressionado, considerou as explicações dessas duas obras cheias, construídas com uma lógica admirável e perturbadoramente perfeita, de um bom senso sem igual, conectadas com tudo aquilo em que ele acreditava, como se fossem a liga de suas convicções num todo coerente, sem deixar nenhuma lacuna ou dúvida em suspenso. Renato sentia-se agitar dentro dos limites do seu corpo, Os livros produziram nele o efeito daquelas verdades que nos impõem uma queda dentro de nós mesmos, causando-nos momentâneo desequilíbrio vertiginoso.

“Uma coincidência e depois outra, o plano oculto tecia lentamente meu destino”

Ao voltar ao Rio de Janeiro, o ator estava irrequieto e, em sua cabeça, fervilhavam dúvidas. Como se fosse enleado em uma trama do plano invisível (e não era?), nessa cidade, o destino iria sinalizar para ele novos contatos com a espiritualidade, como um farol em mar aberto. Quando se dirigia à sua casa, ouviu de passagem alguém pronunciar as palavras "Allan Kardec" em meio a uma frase perdida. E o estranho nome, embora já o tivesse ouvido em outras ocasiões, permaneceu fortemente gravado, batendo em sua memória. Allan Kardec, Allan Kardec, Allan Kardec... Ora, por que cargas d'água se apegava em tal pensamento? Ele se perguntava. Mas logo receberia a surpreendente resposta. De volta à rotina de seu apartamento, Renato Prieto sentou-se no sofá defronte à estante dos livros, quando seus olhos perscrutadores se incomodaram com algo destoante do conjunto. Um dos livros alinhados estava encapado com papel de pão... Papel de pão? Ele ficou inquieto, pois todos eles lhe pertenciam e não se lembrava de ter um livro encapado daquela maneira. Ao desprensá-lo da estante, ele levou um baque ao ler o título inscrito na primeira página, como se ela houvesse se aproximado e recuado em direção ao seu rosto numa fração de segundos. Era o Livro dos Espíritos, escrito pelo erudito francês Allan Kardec.

Foi amor à primeira lida. Renato Prieto encontrou na obra soluções para suas dúvidas essenciais quanto à razão da existência do homem, verificando coincidirem muitas crenças pessoais com as orientações encontradas na obra. Muitas de suas convicções eram, portanto, reiteradas pela Doutrina Espírita e isso o fazia sentir-se mais amparado, qual o andarilho do deserto que vê subitamente as areias palmilhadas. E, a partir daí, ele leu toda a obra da chamada Codificação Espírita do mesmo autor, bem como outras sobre a mesma matéria, em sua maioria psicografada por grandes médiuns, como Chico Xavier. Contudo, ainda não havia sido explicado como 0 Livro dos Espíritos tinha parado em sua estante. "Será que os espíritos materializaram esta obra aqui, em meu apartamento?" questionava-se o ator, intrigadíssimo. No entanto, a explicação era um pouco mais simples, embora não se possa justificar o estranho fato de aparecer justamente quando o nome de Kardec andava raspando no fluxo de seus pensamentos. 0 livro fora esquecido por uma amiga do ator, uma jornalista. E Renato soube disso porque ela, três ou quatro meses depois, ligou para saber se havia esquecido a obra quando lhe fizera uma visita. De fato, havia. Mas o ator não reparou no objeto, já que sua faxineira encontrou o livro primeiro e o guardou na estante.

Diferentemente de outras pessoas, Renato Prieto apurava os sentidos para esses pequenos, mas significativos, sinais. Ele compreendia que, de alguma forma, lhe era oferecido um caminho ou um sentido para sua existência, o qual ele não se negava a seguir; como fiel cavaleiro, se ajoelhava diante de seu destino ‑ movido, é claro, por sua vontade, única e exclusivamente. Para ele, os espectros da espiritualidade eram apenas uma cortina que separava os homens de um mundo melhor. E estava disposto a conhecer a vida detrás da cortina.

Assim, continuamente movido por singular força interior ‑ uma alegria suave, embora um pouco ansiada, como sentimos quando estamos próximos de desembarcar em um país desconhecido e muito atraente ele não deixou de se aprofundar mais e mais no assunto, procurando vivenciar novas experiências com os trabalhos espirituais, bem como com pessoas a eles ligadas.

Foi assim que, por meio de uma dessas pessoas, outra vez ele viu fecharem à sua volta novas ocorrências que o levariam definitiva e extraordinariamente ao contato maior com a espiritual idade, fazendo-no sentir as passagens de sua vida como contas tecidas por um único fio. Um amigo do ator e pai-de-santo (como se denominam os sacerdotes de certos cultos afro-brasileiros), conhecido por seus trabalhos em terreiro de candomblé, havia convidado o ator a participar de uma festa em sua casa. Era uma homenagem a um dos integrantes do Centro que, em linhas gerais, passou por uma das etapas iniciais do ritual, uma espécie de batismo.

Desse modo, as pessoas iam chegando à reunião e, para surpresa daqueles que julgam serem tais trabalhos apenas freqüentados por indivíduos simples e pouco esclarecidos, logo se viam pessoas de excelente nível sócio-cultural, bem como personalidades reconhecidas pela fama. Sentado respeitosamente em seu lugar, Renato Prieto movia seus olhos atentos para toda aquela gente, pensando que a maioria participava dos trabalhos de candomblé e, no entanto, pessoas absolutamente normais. Imaginava-as em meio ao culto, cobertas por todos aqueles penduricalhos acompanhavam tais roupas, como os colares de contas coloridas e mais toda aquela indumentária de origem marcadamente africana. Imaginava os médiuns trans­figurados nas entidades a quem se deixariam conduzir para efeito dos trabalhos. Homens curvados sobre simples banquinhos dando cachimbadas caprichosas seus "pitos" rudimentares: os pretos-velhos; outros, empeitados e empertigados, fazendo poses marciais e subservientemente a postos: bugres; outros, ainda, untados como índios, com fisionomia severa e um tocado assustadora, fumando seus grossos charutos, e braços cruzados: as entidades de comando, os chefes de linha. E, lembrava o ator, as personalidades que havia conhecido, pessoas céticas que anteriormente menosprezavam tais cultos, encontravam-se rodopiando como piões em meio ao terreiro, ou prostradas devido às poderosíssimas forças do plano oculto. Como explica tudo isso? Crendice, auto-sugestão, pura força mental folclorizada pelo imaginário humano? Fosse qual fosse a explicação, não se podia negar que ali havia pessoas comuns, equilibradas, bastante sensatas. Algumas ocupando cargos profissionais de alta responsabilidade, sujeitos acostumados a tomar decisões que influenciavam a vida de dezenas, centenas, milhares até, de outros indivíduos. Estariam todos loucos? E quem teria respaldo o bastante para graduar a sanidade de alguém (metido em trabalhos espiritualistas) sem recair em presunção?

“O meu primeiro conflito com o Centro onde estou hoje foi incrível”

Desperto de seus pensamentos, Renato Prieto voltou a atenção à festa, quando foi abordado por alguém, uma mulher, um rosto familiar, uma amiga. Parada à sua frente, fazia-lhe de supetão uma estranha pergunta:

- 0 que você está fazendo aqui?!

- Vim assistir à festa.

Mas ela insistia com a mesma pergunta: "0 que está fazendo aqui?", deixando-o sem compreender o sentido da indagação. "Já disse, vim assistir à festa!", enquanto ela não parecia satisfeita com a resposta.

- Você tem cara de um lugar que eu conheço! - Disse ela, olhando no meio dos olhos dele, com um misterioso e significativo sorriso. Ele ainda sem entender bem o que ela queria dizer. - É isso, Renato. Eu conheço um Centro Kardecista que tem a sua cara!

De um instante, o ator compreendeu que a amiga julgava-o mais afinado, mais identificado, com a linha espírita codificada por Allan Kardec. Não era contrária às práticas religiosas do candomblé - caso contrário, não estaria na festa - mas sua intuição lhe dizia que seu amigo Renato se situaria melhor em trabalhos de âmbito kardecista. 0 ator ficou surpreso com as pressagiadas palavras da amiga, enquanto a ouvia falar brevemente do Centro Espírita que ela lhe recomendava. Explicava a localização do mesmo, situado na região central do Rio de Janeiro, na avenida Presidente Getúlio Vargas, realizado às quartas-feiras, às dezenove horas, e mais tais e tais indicações do local, enquanto Renato Prieto não tinha bem certo se iria se lembrar daquelas referências todas para achar o lugar. Em todo caso, a recomendação não lhe fugiu da cabeça.

Renato voltou para casa e ficou algum tempo meditando sobre o rumo que tomavam as coisas. De um momento, seu coração era assaltado por uma paridade de emoções. Por um lado, alegrava-se por a sensação de haver sempre alguém velando por s passos, pois, analisando com vagar, verificava que experiências por ele vividas se ligavam uma a uma, m todo coerente, como se houvesse por trás verdadeiros artífices ocultos a criá-las, embora estivessem bem disfarçadas com a casualidade (a casualidade, a artimanha de Deus). E essas experiências dão, sem faltas em rebarbas, aquilo que o espírito humano precisa pode assimilar num determinado momento de sua existência, em sua trajetória em direção ao aperfeiçoamento. Porém, ele, vislumbrando um sentido para a vida, vislumbrava um compromisso, uma vez que para seguir qualquer sentido é preciso esforço e responsabilidade; ou não seguir nada e viver à deriva, à mercê de ventos e correntezas.

Algum tempo se passou depois disso e Renato Prieto ainda não havia topado com o lugar indicado por sua amiga. 0 destino ainda não estava satisfeito e, efetivamente, viria com mais uma das suas.

Um dia, estava o ator entretido em fazer compras na região central do Rio de Janeiro, na rua Uruguaiana, mais precisamente, um tanto esquecido das horas, quando, dando por si, encontrou-se defronte à avenida Presidente Vargas. Seus olhos foram como que puxados para a visão de um grande relógio de rua, estampando altivo e judicioso as horas da entrada da noite: 18h30. "Ah", pensou, "já é tarde e é péssimo voltar para casa a essa hora, do rush. Súbito, perpassou-lhe na tela mental a imagem de sua amiga, ao seu lado, na festa e se lembrou de estar a pouca distância do Centro por ela referido. "Você tem a cara de um lugar que eu conheço."

Renato Prieto ficou atônito ao se dar conta de que era quarta-feira e muito próximo da hora da realização da reunião espírita. "E, Deus, eu estou aqui, do lado!", pensou o ator, ainda mais estupefato ao atinar que havia se dirigido involuntariamente para a avenida Presidente Vargas, onde se localizava o Centro. "Não, tudo isso é incrível! Será que eles estão me ... !" No entanto, não sabia ao certo se iria rememorar todo o desenho do percurso que a amiga lhe explicara tão minuciosamente. De fato, foram muitas as indicações e a avenida Presidente Vargas era enorme. Porém, ele não estava com ânimo para enfrentar o desgaste do tráfego a fim de voltar para casa. Resolveu, portanto, tentar ir até o Centro Kardecista. Mesmo porque, àquela altura, ele já estava curiosíssimo para conhecer o lugar o qual a amiga se apressava em considerar apropriado para ele.

Mas, coisa estranha, sua memória ia conseguindo recuperar uma e depois outra e, enfim, todas as referências. Tudo indicava mesmo que ali algo iria acontecer com ele. Não teve de serpentear muito pelas calçadas para se ver diante do prédio descrito pela amiga, o qual hospedava a reunião promovida pelos espíritas. Mas Renato, surpreso com o fato de o prédio ser de natureza comercial, chegou mesmo a desconfiar se havia acertado o trajeto. Porém, agora que o haviam estimulado, ele não queria voltar mais. Desejava conhecer o local, saber o que se destinava a fazer ao lado dos kardecistas, que tipo de mediunidade desenvolveria. Um pouco mais e deu de frente com o porteiro do prédio de quem recebeu orientação para chegar no Centro. Subiu até o quarto andar e, enfim, após atravessar um corredor imenso, achou a sala comercial número 409.”... a cara de um lugar que eu conheço!"

- Qual o seu problema? - Perguntou-lhe uma mulher à entrada do estabelecimento, ocupada em atender os visitantes.

Renato olhou para ela e, após hesitar um instante, afirmou não ter nenhum problema, observando que a resposta criou certa suspensão de assunto, levemente tensa, pois, de fato, era pouco comum uma pessoa procurar Centros Espíritas sem apresentar nenhum problema. Assim, apressou-se em explicar melhor a sua vinda.

- Tenho alguns questionamentos, algumas dúvidas, gostaria de conhecer melhor os trabalhos...

Mal podiam imaginar os dois que, a partir desse primeiro contato, se estabeleceriam fortes vínculos de afeição e amizade entre eles. Ela era uma radialista da rádio espírita Rio de Janeiro (AM). Depois disso, Renato Prieto nunca mais deixou os trabalhos do Centro pelo menos, até o dia desta entrevista - identificando-se muito com a lógica kardecista ao longo de muitos anos, ao lado de outros companheiros.

Renato Prieto não precisou ser arrastado para a espiritualidade, pois a espiritualidade já estava nele. Embora tivesse passado por experiências singulares, há homens que vivenciaram contatos sobrenaturais muito mais espetaculares e, no entanto, não acreditaram na existência dos espíritos. Há outros que acreditaram somente após muito sofrimento e, com meneios de cabeça, acabaram afirmando: "Se tivesse acreditado antes!" Porém, não se trata de crer ou não nos espíritos. 0 homem deve ser livre para ter suas próprias convicções, sejam elas quais forem, contanto que não negue a si mesmo o aprofundamento de novos conhecimentos por estar limitado por idéias preconcebidas, conhecimentos esses que bem podem ajudá-lo a viver uma existência melhor. E Renato Prieto, ao sentir que a espiritualidade acenava para ele, não opôs resistência ao sutil chamamento. De exclusiva vontade, quis se aprofundar na Doutrina. De forma simples, espontânea, tranqüila, nela se encontrou. Verdadeiramente.

De repente, Renato retornou de suas memórias e se lembrou, até com certo susto, que estava em meio à apresentação da peça Além da vida, ou melhor, no final, pois já era chegado o fim do último ato. Depois de breve silêncio, as luzes dos holofotes se enfeixaram em direção ao palco, quando os atores entraram todos e se postaram à frente do público entusiasmado.

Renato Prieto também se adiantou. Seus olhos umedecidos caíram na platéia, toda ela de pé, vibrante. E o ator recebeu de toda a multidão os aplausos. Palmas para Renato.

FONTE:Depoimento - Livro porque me tornei espírita - Renato Prieto http://www.renatoprieto.com.br/alemdavida.html

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

INTIMIDADE ESPÍRITA 20 ANOS - GRUPO AME


Dias 03 e 04 de dezembro no Anfiteatro do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, o Grupo AME estará gravando seu 1º DVD ao vivo em comemoração aos seus 20 anos.

O show se chamará Intimidade Espírita - 20 anos.

O ingresso custará R$ 10,00 (inteira) e R$ 5,00 (meia).