quarta-feira, 26 de agosto de 2009

“JOELMA 23º ANDAR” – UM FILME ESPÍRITA


Joelma 23º andar
Dirigito por Sebastião de Souza Lima
“JOELMA 23º ANDAR” – UM FILME ESPÍRITA
“Uma história real, um narrativa para provar que a vida continua depois do túmulo!”; “Baseado num livro de Chico Xavier, um filme para nunca mais esquecer...”; “O diálogo de Chico Xavier com os mortos, pela primeira vez mostrado no cinema!” – são algumas das frases utilizadas pelas seções de anúncios de filmes dos jornais, como chamadas para o filme nacional Joelma 23º Andar.
Lançado em abril de 1980, vem alcançando sucesso nas principais cidades brasileiras. Em São Paulo, conseguiu o 1º lugar dentre os filmes nacionais, de preferência do público, com 82,9%, somando os índices Bom e Ótimo. (Bolsa de Cinema, Folha de S. Paulo, S. Paulo, 23/06/80.)
Não acompanhando os temas tradicionais de nossa época, o diretor das Produções Cinematográficas Souza Lima, Sebastião de Souza Lima ( * ), realizou um filme diferente, com roteiro baseado no livro Somos Seis, psicografia de Francisco C. Xavier, Espíritos Diversos e comentários de Caio Ramacciotti.
Além de corajoso, podemos afirmar que Souza Lima foi honesto, mantendo, durante a realização do filme, um contato cordial e sincero com a família focalizada e com o médium Chico Xavier. Não apelou para o sensacionalismo. Na medida de seus recursos, seguiu a descrição do livro consultado. Apesar de alguns senões do ponto de vista doutrinário, podemos dizer que é um filme espírita. Talvez o primeiro filme espírita brasileiro. Joelma 23º Andar traz um mensagem indiscutível de esclarecimento e consolo, transmitindo a certeza na imortalidade da alma e na possibilidade de comunicação entre os vivos Daqui e do Além.
Elucidação do produtor Souza Lima
“Em 1975, um ano após termos registrado com nossas câmeras as dramáticas cenas do incêndio no Edifício Joelma, surgia a idéia de usarmos aquele material num filme longa metragem, porém, tal idéia de usarmos aquela material passada plano, por vários motivos. Um dos quais: o mal-entendido. Afinal, estávamos diante de uma tragédia sem precedentes, que ceifou a vida de centenas de pessoas. O povo, principalmente o paulista, jamais encararia o filme, sendo exibido no circuito comercial, como um trabalho de reportagem.
Para levar a cabo tal projeto, seria necessário o aparecimento de um dado novo, alguma coisa, que aliada ao filme, lhe desse uma nova forma e afastasse de vez as acusações de oportunismo, que certamente sobreviriam.
Assim, aquelas imagens correram o mundo, mas em forma de filme puramente didático, exibido em salas fechadas, no treinamento de Brigadas Contra Incêndio, em vários países.
Embora como segunda hipótese, a idéia do longa metragem permanecia. Era uma suprema vontade jornalística de sair daquelas pequenas salas e mostrar ao grande público, o que foi aquele dia na história de São Paulo. Mostrar como a vida é frágil e a vontade de viver, ainda que num mundo material cada vez mais frio e desumano, se revela assustadoramente forte na presença do perigo. Mostrar também a atuação do bombeiro, que em decorrência de sua imagem de super-herói, já quase não é visto como ser humano normal, que como nós carece de proteção.
O tempo foi passando, passaram quatro longos anos. Até que a escritora Dulce Santucci nos apresentou um roteiro adaptado do livro Somos Seis, psicografado por Francisco Cândido Xavier, que continha entre outras, a mensagem de uma jovem, vítima do incêndio, que através da psicografia, voltava para consolar sua saudosa mãe.
Neste ponto, a idéia de realizar Joelma 23º Andar, já era uma enorme bola de neve, que rolava, rolava e não parava de crescer. Faltava apenas a permissão da mãe daquela jovem para que o filme fosse finalmente rodado, permissão que só seria dada se do Além, a filha se mostrasse a favor. Houve uma nova reunião com Chico Xavier e veio o consentimento, desde que o filme representasse uma bandeira de fé e esperança para aqueles que sofrem aqui na Terra.
Resumindo e finalizando, Joelma 23º Andar é uma fusão de dois pólos distintos: a fragilidade da matéria com a grandeza do Espírito. E, exatamente por dividir a opinião pública quanto à sua importância, não situar-se na mesmice e não deixar-se rotular, de certo causará polêmicas.”

Sinopse
Produções Cinematográficas Souza Lima elaborou o seguinte resumo do filme:
“Partindo de acontecimentos verídicos, Joelma 23º Andar, conta a história de uma família profundamente abalada pela tragédia que ceifou centenas de vidas no fatídico dia 1º de Fevereiro de 1974, em São Paulo: O Incêndio do Edifício Joelma.
Lucinda (LIANA DUVAL), é uma viúva que luta pela sobrevivência, ao lado de seus dois filhos solteiros: Lucimar (BETH GOULART) e Alfredo (CARLOS MARQUES).
Vindos do interior paulista, preparam-se para enfrentar dias melhores. Alfredo consegue emprego numa grande firma que ocupa um dos andares do Edifício Joelma. Lucimar estuda e trabalha em outro local, porém, Alfredo desejoso de ter a irmã perto de si, arranja-lhe uma colocação no mesmo edifício, numa empresa do 23º andar.
Lucimar é uma jovem bem comportada e profundamente mística. É eficiente no trabalho e seu maior sonho é entrar para a Faculdade. Leitora assídua das obras de Francisco Cândido Xavier, Lucimar é altamente espiritualizada e freqüentemente tem premonições sobre acontecimentos futuros. Ela antevê, com absoluta precisão, o incêndio do Edifício Andrau, fato que a deixa extremamente abalada.
No Edifício Joelma, também trabalha Jair (ED CARLOS), apaixonado por Marina (MARCIA FRAGA), secretária de um milionário egoísta (PAULO FARAH), que só se preocupa com dinheiro, Marta (MARIA FERREIRA), Sônia (ALVA MAR) e Regina (VILMA CAMARGO), as amigas mais íntimas de Lucimar.
No dia do incêndio, a vida corre como de costume. Jair perde a hora e não consegue chegar a tempo no escritório. Marina vai ao cartório, a mando do patrão, levar uns títulos para protesto.
De repente alguém grita: FOGO! FOGO!... Dentro de alguns instantes a tragédia está consumada. Lucimar mantém a calma e procura ajudar as colegas, que em desespero agem imprudentemente. Tudo é confusão e horror!
Na rua, em frente ao Joelma, Alfredo procura desesperadamente pela irmã em meio às vítimas resgatadas pelos bombeiros. Jair procura por Marina, pessoas aflitas lançam-se do alto do edifício. Todos os recursos são mobilizados pelas autoridades. A imprensa registra o fato. Horas depois, o fogo é dominado.
Alfredo, depois de horas de desespero, consegue localizar o corpo da irmã no IML. Vai buscar Lucinda que está apavorada, temendo pelos filhos. Lucinda é cardíaca e ter conhecimento da morte da filha pode ser fatal para ela, então, Alfredo leva-a até um instituto de cardiologia para dar-lhe a notícia. Em meio ao caminho. Lucimar aparece em espírito para Lucinda e lhe conta que está morta. Lucinda, emocionada, interroga Alfredo e este confirma.
Os meses passam, Lucinda continua pensando na aparição da filha. Profundamente Católica, não quer acreditar no que viu. Aconselhada por uma amiga (LANDA LOPES), vai com seus filhos Lucinéia (MARLY DE FÁTIMA) e Alfredo até Uberaba, conversar com Chico Xavier, que lhe transmite uma consoladora mensagem psicografada de Lucimar, com termos inegáveis de veracidade, dizendo também, que um outro mundo cheio de paz está à espera dos que aqui padecem...”
FONTE:
http://www.uema.com.br/filmes/189/

VEJA O FILME NO GOOGLE VÍDEO

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

CONSTRUÇÃO DO "AEROBUS" DE NOSSO LAR


Foto Meramente Ilustrativa

CONSTRUÇÃO DO AEROBUS DE “ NOSSO LAR ”

Filme brasileiro será baseado no livro psicografado Nosso Lar, de Chico Xavier.


Débora Ertel/Da Redação

Novo Hamburgo 21/08/2009 - Em breve o talento de um artista hamburguense será conhecido na tela dos cinemas de todo o Brasil. Alvoni Nissola da Silveira, 51 anos, foi o responsável pela construção do ônibus espacial que irá compor o cenário do longa-metragem brasileiro Nosso Lar. O filme é baseado no livro Nosso Lar, psicografado por Chico Xavier pelo espírito do médico André Luiz. Embora o meio de transporte intergalático não se movimente, seu tamanho é real. Com a ajuda de dez colaboradores, o artista precisou de dois meses e meio para fazer o aerobus de 14 metros de comprimento, três de largura e lugar para 34 passageiros. A peça foi produzida com 95% de fibra de vidro e 5% de madeira.

A equipe de trabalho não teve moleza, em ação de segunda à sexta-feira, das 8 às 22 horas, aos sábados e algumas vezes até aos domingos. Na noite de quarta-feira um guincho colocou a obra de arte, construída em um galpão do bairro Boa Saúde, no caminhão. Hoje ao meio-dia o equipamento, com cerca de três toneladas, deverá chegar numa fazenda da capital do Rio de Janeiro e aguardar pelas gravações.

Concurso

Silveira, além de construtor de projetos, é técnico em fiberglass e designer, é especialista em metalurgia e tornearia e amante de carros antigos. A experiência de 27 anos, aliada ao detalhismo adquirido na restauração de veículos com fibra de vidro, fez com que o hamburguense vencesse o concurso para construir o ônibus espacial. Segundo ele, seu trabalho foi descoberto por meio da internet. "Quando eu vir o aerobus no cinema será muito gratificante", comenta. Enquanto isso, ele já trabalha em outros projetos. Um é a conclusão da restauração de um Shelby Cobra e o outro é a tratativa para construir uma cabine de avião, que será usada para simulação de voos.
FONTE: http://www.jornalvs.com.br/site/noticias/geral,canal-8,ed-60,ct-501,cd-212807.htm

Foto:Diego Vara

Ônibus espacial "invade" BR-116

Pesando cerca de três toneladas, a peça levou quase três meses para ficar pronta


Peça fará parte de longa-metragem inspirado em livro psicografado por Chico Xavier
Quem passou nesta quarta-feira pela BR-116, em Novo Hamburgo, no Vale do Sinos, deparou com uma cena inusitada. Uma réplica de um ônibus espacial com 14 metros de comprimento e 10 metros de largura, rebocado por uma carreta, se deslocava pela rodovia em direção ao Rio de Janeiro.

A peça, produzida em solo gaúcho, fará parte das filmagens do longa-metragem inspirado no livro psicografado por Chico Xavier, chamado Nosso Lar.

Pesando cerca de três toneladas, a peça levou quase três meses para ficar pronta. Produzida em um galpão no bairro Boa Saúde. A obra, produzida por Alvoni Nissola da Silveira, foi feita em madeira, fibra de vidro e acrílico e deve chegar ao Rio de Janeiro no final de semana.
ZERO HORA
FONTE: http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default.jsp?uf=1&local=1§ion=Geral&newsID=a2624262.xml

EQUIPE DE FIGURINO DO FILME "NOSSO LAR"

“IMAGEM ILUSTRATIVA”


FOTOS DO LOCAL DE CENÁRIO DO FILME: BAIRRO DE SANTA TERESA-RJ



quinta-feira, 20 de agosto de 2009

VII MOSTRA DE TEATRO TRANSCENDENTAL EM FORTALEZA



A cultura em nome da paz, do amor, da solidariedade e do comportamento ético em seis dias de apresentações teatrais, tendo como fio condutor principal mensagens positivas que incentivam uma postura transcendental do ser humano. É com essa proposta que a Mostra Brasileira de Teatro Transcendental chega à sua sétima edição com o tema "Ética".

Além das apresentações no TJA, serão realizadas ações paralelas, como uma Mostra Itinerante, com exibições especiais em 13 municípios do interior do Ceará e em terminais de ônibus da capital. Dentro da programação da Mostra, também será realizada uma Feira Solidária e um concurso cultural de desenhos entre os alunos da rede pública de ensino de Fortaleza. Os ingressos individuais para os espetáculos poderão ser adquiridos com a doação de dois quilos de alimento a partir do dia 4 de agosto nos shoppings Aldeota, Via Sul, Iguatemi, North Shopping e Benfica.

Na quarta-feira, dia 19, o pesquisador Paulo Ess ministrará a palestra “Augusto Boal e o Teatro do Oprimido – Um Teatro do Bem. Na quinta-feira, dia 20, a diretora e roteirista Suzy Elida falará sobre “O Ator e a Espiritualidade”, e na sexta-feira, dia 21, Saliba Filho, diretor da ONG Ser em Cena (SP), ministrará uma palestra “O Teatro sobre a perspectiva do trabalho de reabilitação com os afásicos”. Todas as palestras são abertas ao público e serão realizadas às 16 horas no Foyer do Theatro José de Alencar.

Para o público infantil a programação também está garantida. As sessões do espetáculo “Histórias para Aprender e Sonhar”, do bonequeiro Aristides, acontecerão nos dias 22 e 23, às 16 horas, no pátio nobre do TJA.

O resultado da arrecadação de alimentos provindos dos espetáculos será doado para seis instituições filantrópicas: Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), Associação Semente de Amor, Artesanato Vocacional Escola (Ave), Toca de Assis, Lar Torres de Melo e Polo Bezerra de Menezes.

Na programação da sétima edição da Mostra estão agendadas ainda apresentações nos terminais de ônibus de Fortaleza e a realização de três workshops para alunos do curso de teatro do Theatro José de Alencar, com vagas abertas ao público.
No Theatro, também será montada a exposição “Ética”, onde o público poderá votar nos desenhos enviados para o Concurso de Cartazes. O concurso conta com a participação de estudantes das escolas profissionalizantes do Estado e o vencedor será premiado com um computador. A iniciativa tem o apoio da Secretaria de Educação do Estado/SEDUC.

VII Mostra Brasileira de Teatro Transcendental
Dia: 18 a 23 de agosto de 2009
Local: Theatro José de Alencar
Ingresso individual: 2 quilos de alimento não-perecível

Mais informações: (85) 3260. 5140/8745.0634 (Isabelle Bento)/ 8879.8474 (Mauro Costa)
PROGRAMAÇÃO:
VII Mostra Brasileira de Teatro Transcendental
Dia: 18 a 23 de agosto de 2009
Local: Theatro José de Alencar
Ingresso individual: 2 Kg de alimento não-perecível
* Dia 19/08 - Estréia com o Espetáculo
“O Amor Jamais Te Esquece”
O Espetáculo que revive o mais célebre julgamento da História, culminando na condenação e crucificação de Jesus, promete atrair o público cearense na abertura da VII Mostra Brasileira de Teatro Transcendental. Da companhia paulista Operários do Palco, “O Amor Jamais Te Esquece” é uma adaptação de obra homônima ditada pelo Espírito Lúcius ao médium André Luiz Ruiz e remonta a história passada há 2.000 anos em Roma e Jerusalém, revelando os bastidores do processo movido pelo clero judaico. Além de relembrar o amor de Jesus por Pilatos, antes e após o drama da crucificação, o “O Amor Jamais Te Esquece” remete a reflexões sobre o cotidiano, criando a possibilidade de o público repensar conceitos, valores e sua relação com a humanidade. . A peça desvela a personalidade de alguns dos seus principais protagonistas, entre eles Pôncius Pilatos, representante de César na Judéia, cuja omissão, simbolizada no lavar as mãos, ficaria eternizada na História.
* Dia 20/08 -Espetáculo “Quem tem Medo da Morte?” Leva humor e musicalidade...
Aproveitar a vida enquanto há tempo. Da Companhia Espírita de Artes Cênicas, da Comunidade Arte e Paz de Salvador (BA). O Espetáculo traz uma divertida apologia à vida. A peça leva ao palco, com música e humor, fantasmas e aparições que chamam a atenção dos espectadores para se preocuparem menos com a morte, aproveitando e valorizando o presente. buscam derrubar os clichês misteriosos que envolvem a vida após a morte. Apontam os conflitos sobre as influências invisíveis que cercam o ser humano e propõem ao público uma maneira singular de perceber a morte, que no espetáculo é tratada como um recomeço.
*Dia 21/08 -Espetáculo“Estranha Loucura” apresenta o invisível...
O espetáculo paulista “ Estranha Loucura”, uma adaptação da peça “A Estranha Loucura de Lorena Martinez”, do dramaturgo paraense Nazareno Tourinho. Apresenta a história de uma mãe de família que se descobre médium ao sofrer um processo obsessivo. Com uma proposta de apresentar o invisível como algo que pode ser sentido, a peça apresenta momentos de suavidade e fúria. O drama da protagonista Lorena Martinez é retratado nas cenas de estranhos acontecimentos que atingem a família Martinez. Vencedora do Primeiro Concurso Nacional de Dramaturgia Espírita pelo Núcleo Espírita de Artes Cênicas (NEAC).
* Dia 22/08- Espetáculo “02 de Novembro” emociona público ao encenar a Perda e o Encontro...
Uma das peças que promete emocionar o público é a “2 de Novembro”, que retrata a emoção de um reencontro entre mãe e filho. No roteiro do espetáculo, de Belo Horizonte (MG) de “2 de Novembro”, uma mulher de meia-idade, solitária e sem perspectivas, recebe a visita do filho único, que a deixou 10 anos antes. Um encontro onde se procura entender o porquê dos conflitos; das diferenças e por que o grande amor de ambos não foi suficiente para evitar momentos de dor na relação. “ 2 de Novembro” é baseada no drama da atriz Heloísa Duarte, que teve o filho assassinado quando saía de uma comemoração durante a estréia de um dos seus espetáculos. Por isso, boa parte das falas da atriz são confessionais e sinceras. Mesmo quem não faz idéia da biografia de Heloísa tem boas chances de se emocionar. A separação de filho e mãe no mundo real parece dar à intérprete o tom exato para construir a separação de filho e mãe no mundo ficcional.
*Dia 23/08 - Espetáculo “Inquieto Coração” encerra Mostra com Vida e Obra de Santo Agostinho...
O espetáculo carioca “Inquieto Coração” é uma das atrações que promete sucesso de público na VII Mostra Brasileira de Teatro Transcendental. O monólogo é um mergulho nas reflexões de Santo Agostinho sobre diversos temas ligados ao ser humano, como a natureza do amor, a busca da verdade e o conhecimento de Deus. “Inquieto Coração” leva ao palco os pensamentos de Santo Agostinho, uma das figuras mais importantes no desenvolvimento do cristianismo no Ocidente. A partir da adaptação de quatro das principais obras deixadas por Santo Agostinho: “Confissões”, “A Trindade”, “A Cidade de Deus” e “Solilóquios”, produzidas depois da ordenação de Agostinho a bispo de Hipona, cargo que exerceu por quase 40 anos. Mais do que um espetáculo biográfico, “Inquieto Coração” propõe um encontro entre os escritos deste primeiro homem moderno e o homem de hoje.
Coração Inquieto: atuação emocionante e cenários e iluminação deslumbrantes

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

ENSAIO...com o Ator e Diretor Renato Prieto



RENATO PRIETO representará André Luiz no Filme "NOSSO LAR"

Conheça um poucosobre avida e obra deste profissional da arte:Ator e diretor
Um ator acima de tudo, tem de ser um bom entendedor, seja por intuição ou por observação, ou por ambas, e isto o coloca num mesmo nível de um médico, um padre ou um filósofo. São muitas as dimensões na arte de representar, mas NENHUMA delas é boa ou interessante... a menos que esteja investida com a aparência ou a completa ilusão de uma verdade. A diferença entre a verdade real e a ilusão de uma verdade é o que o ator tem de aprender. A lição continua até o momento de morrer...
Às vezes o ator se assusta com o papel e é difícil amar qualquer coisa da qual se tem medo. Mas devemos amar nossos personagens. Amá-los como eles nunca foram amados antes. O amor, (entre outras coisas) é a exaltação da compreensão. E COMPREENDER é uma necessidade absoluta no nosso ofício, o meio através do qual podemos informar.
O amor é o meio que temos para levar a informação ao público.
Nunca subestime a platéia, nunca se considere superior, porque, se o fizer, eles saberão. São bem mais inteligentes do que se possa pensar. São eles que pagam as suas contas e enchem o seu estômago. Nunca se barateie nem à profissão. É uma das mais antigas e melhores. Lembre-se do bobo da cote: ele não ousava interpretar mal, estava sempre dando o máximo de si.
Esta é a vida de um ator: liberdade completa e versatilidade. Tudo o que precisamos é de uma velha caixa de charutos e alguém que nos preste atenção. Vá por seu próprio e suave caminho e que ele lhe seja suave o tempo todo.
Laurence Olivier

E tudo começou assim...E lá se vão 25 anos.... alguns artistas profissionais, entre eles Augusto César Vannucci, Renato Prieto, Felipe Carone, Lúcio Mauro e outros. Ao nos encontrarmos com Chico Xavier, no final do dia, a conversa sempre girava em torno do mesmo assunto: -"sugiro a vocês que se juntem para fazer um espetáculo com temática espírita!".
O Chico sempre ficava muito empolgado com a idéia e dizia que este projeto seria de grande importância. Demorou um pouco. Já que todos tínhamos outros compromissos, começamos discretamente às segundas-feiras, depois às terças e o sucesso foi tão grande que resolvemos ocupar o teatro de quarta a domingo.
Como era uma novidade, no início as coisas não foram fáceis. Tivemos que quebrar muitas barreiras, mas valeu a pena. Alguns destes companheiros já retornaram à pátria espiritual e eu continuo com o projeto . É preciso salientar que até os dias de hoje ninguém fez tanto sucesso no teatro como "Além da Vida", o primeiro espetáculo que fizemos. Em seguida fizemos "Lembranças de Outras Vidas", "Alan Kardec - Um Olhar Para a Eternidade" e "A Vida Continua".
Com o elenco do Rio de Janeiro estou preparando a peça "Divaldo, Simplesmente Franco". Em São Paulo, a peça "Nosso Lar" (teatro Itália, de sexta a domingo). É preciso salientar que nos dias de hoje o público é absolutamente diferenciado e curioso. Vem ao teatro para saber o porque de fazemos tanto sucesso e sempre sai maravilhado. Já que temos a preocupação de fazer tudo com muita responsabilidade, respeito e profissionalismo, a qualidade do espetáculo é igual a dos outros teatros de São Paulo ou do Rio de Janeiro. Hoje, um novo espetáculo no nosso projeto, fica no mínimo 3 anos em cartaz e sempre com muito sucesso.
Já levamos ao teatro mais de 4 milhões de pessoas "E a Vida Continua" foi assistido por mais de 250 mil pessoas. Enfim, esta é a verdade e não para por aí... Novos projetos virão.
Na minha opinião, a maior alavanca deste sucesso é o fato de nos preocuparmos em ajudar os mais carentes, com a renda do espetáculo. A energia de gratidão que circula é tão grande que impulsiona mais e mais ao sucesso. Seriedade, honestidade, respeito e dedicação mais a vontade imensa de ajudar a todos.
Renato Prieto.

Depoimento - Livro porque me tornei espírita - Renato Prieto
Você não imagina o que se vê de estranho quando se representa a peça "Além da vida"
Os carros se enfileiravam na entrada do Sesc (Serviços Social do Comércio) no bairro de Madureira, cidade do Rio de Janeiro. No interior do prédio, a pessoas se acumulavam à porta do teatro. A temperatura estava com a indefinição de quando não sabemos se tiramos ou se deixamos o pulover no corpo. Porém, havia certa ansiedade quente o pairando no ar, pois já estava quase na hora de começar a apresentação da peça “Além da vida”, baseada no livro homônimo psicografado por Francisco Cândido Xavier. Positivamente, havia uma agitação diferente, algumas pessoas com mediunidade mais avançada já haviam identificado espíritos ao derredor, outras mais sensíveis foram capazes de vê-los e ouvi-los. Dava a impressão de que alguma coisa iria acontecer... Ao soar o toque de entrada, o público tomou a platéia e, pouco depois, seguiu-se o primeiro ato do espetáculo espírita.

O ator Renato Prieto, antes mesmo de entrar em cena, sentiu no vazio as energias estranhas que logo identificou serem emanadas de espíritos, ocupando todos os lugares, nos camarins, no palco, na entrada do teatro... determinados em assistir ao desenrolar da peça. Embora estivesse concentradíssimo em seu personagem para melhor defender sua atuação, o ator percebeu também as vibrações do conjunto do público, como uma brisa cálida invadindo as dependências da casa de espetáculos. Artista experiente, não tivera antes a mesma sensação em outros trabalhos de tema espiritual.

Renato procurava não se desconcentrar, ainda mais que já havia muito era espírita e tinha perfeitos conhecimentos dos fenômenos dos quais se via cercado. No entanto, ao percorrer os ambientes, via estranhas luzes surgirem à sua frente. Eram diminutos raios de luz perdurando curto espaço de tempo, como estrelas cadentes; eram pontos luminosos que não iam além do tamanho de uma moeda, pipocando bem diante dele, nos corredores do teatro, no palco, em todos os lugares; sombras a lhe rasparem o canto da visão, para quando houvessem seduzido seu olhar já logo desaparecer, sem se deixar ver de chapa, a olhos cheios. Porém, ainda mais impressionante era o que se passava com ele na coxia (pequeno corredor atrás do cenário), ao transitar de um lado para outro por exigência das novas cenas. Nessa passagem, de vez em quando, ele literalmente esbarrava com espíritos, quer dizer, sentia como se houvesse dado encontrões com almas do outro mundo.

Como se costuma explicar, esses seres desencarnados, embora estejam em outro plano, vibram em freqüência mais baixa e tornam-se mais densos e por essa razão, ficam mais propícios à tangibilidade. De início, Renato Prieto pensou tratar-se de algum colega e inadvertidamente vinha em direção contrária, pois, na correria de lado a outro da coxia, nem sempre se podia divisar um corpo fundido na massa escura. Porém, rápido se dava conta de estar absolutamente sozinho! Em outras ocasiões, Renato Prieto me afirmou categoricamente que teve a aflitiva experiência de trespassar espíritos. Sim, exatamente isso, por mais incrível que possa parecer! Ele se via varando uma espécie de campo magnético, numa sensação realmente indescritível, por não encontrar paralelo em sua vida.

Contudo, Renato Prieto já estava bastante acostumado com todos esses fantásticos fenômenos. Afinal, ele convivia com eles desde o início das apresentações do Além da vida, isso havia mais de dez anos. Chegava mesmo a levar a coisa de forma muito natural, como era de seu estilo. Já passava e ia pedindo desculpas em quem esbarrasse, fosse colega de trabalho, fosse espírito desencarnado. Quem o surpreendesse nesse momento certamente o consideraria louco, correndo pela coxia pedindo desculpas no escuro, sem haver ninguém ao seu lado!

Enfim, tais envolvimentos espirituais, que fariam qualquer um sentir frio na espinha, já não o alteravam mais. Ele continuava compenetrado em sua atuação até o espetáculo chegar aos instantes finais. Mais uma vez, ele deixou o palco preparando-se para voltar na última cena, ao lado de todos os outros atores. Aí, parado em algum canto da coxia, seus olhos se perderam numa fresta de luz foragida do palco, e seus pensamentos o levaram para longe dali. Talvez pensasse em seus primeiros contatos com o plano espiritual.

Normal. Foi exatamente esta a palavra usada por ele para definir como o Espiritismo entrou em sua vida, de uma forma normal. Não deixa de ser até um pouco engraçado observar que alguém procura esta Doutrina com a naturalidade de quem abre a gela­deira a fim de achar algo para comer, enquanto outros se vêem praticamente arrastados a ela. E isso fica muito claro aqui, nos depoimentos deste livro, como em tantos casos mais que se nos deparam em nossa vida. 0 ator, e também diretor de teatro, Renato Prieto, faz parte do reduzidíssimo grupo de pessoas que, ao mínimo contato, já se vincula à prática espiritual de forma segura e sem as oscilações provocadas pela cisma em relação aos conceitos.

E, ao pisar pela primeira vez em um Centro Espírita, ele já encarou a reunião dessa maneira normal a que se referia. Contava com dez ou onze anos, quando uma amiga o levou para assistir aos trabalhos em comunhão com o plano oculto. Ficou tranqüilo como se desde o colo houvesse acompanhado a mãe em rodas espíritas. Mas, não, nunca havia pisado em locais como aquele e, no entanto, não atribuía nenhum corte divisório, rígido ou mesmo drástico, entre o mundo material e o plano dos espíritos desencarnados. Considerava-os como um só, coerentemente um só, apenas em dimensões diferentes. Mas o fato de ele julgar como perfeitamente naturais essas ocorrências, vistas pela maioria das pessoas como esdrúxulas e ameaçadoras, não diminuiu seu entusiasmo de conhecê-as mais profundamente. E, assim, com sua fé inata, acrescida de sua enorme curiosidade, o pequeno Renato se interessava por todas as coisas de natureza mística. Era Centro Espírita, era terreiro de umbanda, de candomblé e mais o que aparecesse. Realmente, não tinha nenhum preconceito.

Quando chegou aos 20 anos, porém, iria começar a definir sua linha de trabalho espiritual por meio de um rato um tanto quanto intrigante ‑ o primeiro de uma série que o iria envolver nos poderes do mundo invisível. Já na época, ele era um ator profissional e morava num apartamento no Rio de Janeiro. Estava para pegar sua mala mal descansada, pois faria mais uma viagern ao interior do estado, com o objetivo de atuar numa peça teatral em temporada de quatro dias. Antes, porém, resolveu depositar o lixo de sua residência na lixeira de seu andar. Era um pequeno cômodo que possuía ao fundo uma gaveta de bom tamanho, onde se entulhavam as sobras dos domicílios e onde exatamente Renato se deparou com dois livros dispensados pelo vizinho. Como ele era um leitor voraz, não se incomodou de tirá-los do meio do lixo para ler seus títulos. Eram, na verdade, dois livros espíritas, ambos psicografados pelo maior médium brasileiro, Francisco Cândido Xavier. Tratava-se das obras "E a vida continua" e "No mundo maior".

0 achado foi verdadeiramente providencial, pois Renato dispôs de muito tempo vago em sua viagem, aproveitando-se do retiro interiorano para ler com tranqüilidade. Nos momentos em que o deixavam esquecido no quarto, longe dos palcos, ele devorou os dois livros. Que novos horizontes se lhe abriram naquelas páginas! Como eram interessantes em suas abordagens sobre os dois mundos, o espiritual e o material, e o constante mecanismo de interação entre eles! Impressionado, considerou as explicações dessas duas obras cheias, construídas com uma lógica admirável e perturbadoramente perfeita, de um bom senso sem igual, conectadas com tudo aquilo em que ele acreditava, como se fossem a liga de suas convicções num todo coerente, sem deixar nenhuma lacuna ou dúvida em suspenso. Renato sentia-se agitar dentro dos limites do seu corpo, Os livros produziram nele o efeito daquelas verdades que nos impõem uma queda dentro de nós mesmos, causando-nos momentâneo desequilíbrio vertiginoso.

“Uma coincidência e depois outra, o plano oculto tecia lentamente meu destino”
Ao voltar ao Rio de Janeiro, o ator estava irrequieto e, em sua cabeça, fervilhavam dúvidas. Como se fosse enleado em uma trama do plano invisível (e não era?), nessa cidade, o destino iria sinalizar para ele novos contatos com a espiritualidade, como um farol em mar aberto. Quando se dirigia à sua casa, ouviu de passagem alguém pronunciar as palavras "Allan Kardec" em meio a uma frase perdida. E o estranho nome, embora já o tivesse ouvido em outras ocasiões, permaneceu fortemente gravado, batendo em sua memória. Allan Kardec, Allan Kardec, Allan Kardec... Ora, por que cargas d'água se apegava em tal pensamento? Ele se perguntava. Mas logo receberia a surpreendente resposta. De volta à rotina de seu apartamento, Renato Prieto sentou-se no sofá defronte à estante dos livros, quando seus olhos perscrutadores se incomodaram com algo destoante do conjunto. Um dos livros alinhados estava encapado com papel de pão... Papel de pão? Ele ficou inquieto, pois todos eles lhe pertenciam e não se lembrava de ter um livro encapado daquela maneira. Ao desprensá-lo da estante, ele levou um baque ao ler o título inscrito na primeira página, como se ela houvesse se aproximado e recuado em direção ao seu rosto numa fração de segundos. Era o Livro dos Espíritos, escrito pelo erudito francês Allan Kardec.

Foi amor à primeira lida. Renato Prieto encontrou na obra soluções para suas dúvidas essenciais quanto à razão da existência do homem, verificando coincidirem muitas crenças pessoais com as orientações encontradas na obra. Muitas de suas convicções eram, portanto, reiteradas pela Doutrina Espírita e isso o fazia sentir-se mais amparado, qual o andarilho do deserto que vê subitamente as areias palmilhadas. E, a partir daí, ele leu toda a obra da chamada Codificação Espírita do mesmo autor, bem como outras sobre a mesma matéria, em sua maioria psicografada por grandes médiuns, como Chico Xavier. Contudo, ainda não havia sido explicado como 0 Livro dos Espíritos tinha parado em sua estante. "Será que os espíritos materializaram esta obra aqui, em meu apartamento?" questionava-se o ator, intrigadíssimo. No entanto, a explicação era um pouco mais simples, embora não se possa justificar o estranho fato de aparecer justamente quando o nome de Kardec andava raspando no fluxo de seus pensamentos. 0 livro fora esquecido por uma amiga do ator, uma jornalista. E Renato soube disso porque ela, três ou quatro meses depois, ligou para saber se havia esquecido a obra quando lhe fizera uma visita. De fato, havia. Mas o ator não reparou no objeto, já que sua faxineira encontrou o livro primeiro e o guardou na estante.

Diferentemente de outras pessoas, Renato Prieto apurava os sentidos para esses pequenos, mas significativos, sinais. Ele compreendia que, de alguma forma, lhe era oferecido um caminho ou um sentido para sua existência, o qual ele não se negava a seguir; como fiel cavaleiro, se ajoelhava diante de seu destino ‑ movido, é claro, por sua vontade, única e exclusivamente. Para ele, os espectros da espiritualidade eram apenas uma cortina que separava os homens de um mundo melhor. E estava disposto a conhecer a vida detrás da cortina.

Assim, continuamente movido por singular força interior ‑ uma alegria suave, embora um pouco ansiada, como sentimos quando estamos próximos de desembarcar em um país desconhecido e muito atraente ele não deixou de se aprofundar mais e mais no assunto, procurando vivenciar novas experiências com os trabalhos espirituais, bem como com pessoas a eles ligadas.

Foi assim que, por meio de uma dessas pessoas, outra vez ele viu fecharem à sua volta novas ocorrências que o levariam definitiva e extraordinariamente ao contato maior com a espiritual idade, fazendo-no sentir as passagens de sua vida como contas tecidas por um único fio. Um amigo do ator e pai-de-santo (como se denominam os sacerdotes de certos cultos afro-brasileiros), conhecido por seus trabalhos em terreiro de candomblé, havia convidado o ator a participar de uma festa em sua casa. Era uma homenagem a um dos integrantes do Centro que, em linhas gerais, passou por uma das etapas iniciais do ritual, uma espécie de batismo.

Desse modo, as pessoas iam chegando à reunião e, para surpresa daqueles que julgam serem tais trabalhos apenas freqüentados por indivíduos simples e pouco esclarecidos, logo se viam pessoas de excelente nível sócio-cultural, bem como personalidades reconhecidas pela fama. Sentado respeitosamente em seu lugar, Renato Prieto movia seus olhos atentos para toda aquela gente, pensando que a maioria participava dos trabalhos de candomblé e, no entanto, pessoas absolutamente normais. Imaginava-as em meio ao culto, cobertas por todos aqueles penduricalhos acompanhavam tais roupas, como os colares de contas coloridas e mais toda aquela indumentária de origem marcadamente africana. Imaginava os médiuns trans­figurados nas entidades a quem se deixariam conduzir para efeito dos trabalhos. Homens curvados sobre simples banquinhos dando cachimbadas caprichosas seus "pitos" rudimentares: os pretos-velhos; outros, empeitados e empertigados, fazendo poses marciais e subservientemente a postos: bugres; outros, ainda, untados como índios, com fisionomia severa e um tocado assustadora, fumando seus grossos charutos, e braços cruzados: as entidades de comando, os chefes de linha. E, lembrava o ator, as personalidades que havia conhecido, pessoas céticas que anteriormente menosprezavam tais cultos, encontravam-se rodopiando como piões em meio ao terreiro, ou prostradas devido às poderosíssimas forças do plano oculto. Como explica tudo isso? Crendice, auto-sugestão, pura força mental folclorizada pelo imaginário humano? Fosse qual fosse a explicação, não se podia negar que ali havia pessoas comuns, equilibradas, bastante sensatas. Algumas ocupando cargos profissionais de alta responsabilidade, sujeitos acostumados a tomar decisões que influenciavam a vida de dezenas, centenas, milhares até, de outros indivíduos. Estariam todos loucos? E quem teria respaldo o bastante para graduar a sanidade de alguém (metido em trabalhos espiritualistas) sem recair em presunção?

“O meu primeiro conflito com o Centro onde estou hoje foi incrível”

Desperto de seus pensamentos, Renato Prieto voltou a atenção à festa, quando foi abordado por alguém, uma mulher, um rosto familiar, uma amiga. Parada à sua frente, fazia-lhe de supetão uma estranha pergunta:

- 0 que você está fazendo aqui?!

- Vim assistir à festa.

Mas ela insistia com a mesma pergunta: "0 que está fazendo aqui?", deixando-o sem compreender o sentido da indagação. "Já disse, vim assistir à festa!", enquanto ela não parecia satisfeita com a resposta.

- Você tem cara de um lugar que eu conheço! - Disse ela, olhando no meio dos olhos dele, com um misterioso e significativo sorriso. Ele ainda sem entender bem o que ela queria dizer. - É isso, Renato. Eu conheço um Centro Kardecista que tem a sua cara!

De um instante, o ator compreendeu que a amiga julgava-o mais afinado, mais identificado, com a linha espírita codificada por Allan Kardec. Não era contrária às práticas religiosas do candomblé - caso contrário, não estaria na festa - mas sua intuição lhe dizia que seu amigo Renato se situaria melhor em trabalhos de âmbito kardecista. 0 ator ficou surpreso com as pressagiadas palavras da amiga, enquanto a ouvia falar brevemente do Centro Espírita que ela lhe recomendava. Explicava a localização do mesmo, situado na região central do Rio de Janeiro, na avenida Presidente Getúlio Vargas, realizado às quartas-feiras, às dezenove horas, e mais tais e tais indicações do local, enquanto Renato Prieto não tinha bem certo se iria se lembrar daquelas referências todas para achar o lugar. Em todo caso, a recomendação não lhe fugiu da cabeça.

Renato voltou para casa e ficou algum tempo meditando sobre o rumo que tomavam as coisas. De um momento, seu coração era assaltado por uma paridade de emoções. Por um lado, alegrava-se por a sensação de haver sempre alguém velando por s passos, pois, analisando com vagar, verificava que experiências por ele vividas se ligavam uma a uma, m todo coerente, como se houvesse por trás verdadeiros artífices ocultos a criá-las, embora estivessem bem disfarçadas com a casualidade (a casualidade, a artimanha de Deus). E essas experiências dão, sem faltas em rebarbas, aquilo que o espírito humano precisa pode assimilar num determinado momento de sua existência, em sua trajetória em direção ao aperfeiçoamento. Porém, ele, vislumbrando um sentido para a vida, vislumbrava um compromisso, uma vez que para seguir qualquer sentido é preciso esforço e responsabilidade; ou não seguir nada e viver à deriva, à mercê de ventos e correntezas.

Algum tempo se passou depois disso e Renato Prieto ainda não havia topado com o lugar indicado por sua amiga. 0 destino ainda não estava satisfeito e, efetivamente, viria com mais uma das suas.

Um dia, estava o ator entretido em fazer compras na região central do Rio de Janeiro, na rua Uruguaiana, mais precisamente, um tanto esquecido das horas, quando, dando por si, encontrou-se defronte à avenida Presidente Vargas. Seus olhos foram como que puxados para a visão de um grande relógio de rua, estampando altivo e judicioso as horas da entrada da noite: 18h30. "Ah", pensou, "já é tarde e é péssimo voltar para casa a essa hora, do rush. Súbito, perpassou-lhe na tela mental a imagem de sua amiga, ao seu lado, na festa e se lembrou de estar a pouca distância do Centro por ela referido. "Você tem a cara de um lugar que eu conheço."

Renato Prieto ficou atônito ao se dar conta de que era quarta-feira e muito próximo da hora da realização da reunião espírita. "E, Deus, eu estou aqui, do lado!", pensou o ator, ainda mais estupefato ao atinar que havia se dirigido involuntariamente para a avenida Presidente Vargas, onde se localizava o Centro. "Não, tudo isso é incrível! Será que eles estão me ... !" No entanto, não sabia ao certo se iria rememorar todo o desenho do percurso que a amiga lhe explicara tão minuciosamente. De fato, foram muitas as indicações e a avenida Presidente Vargas era enorme. Porém, ele não estava com ânimo para enfrentar o desgaste do tráfego a fim de voltar para casa. Resolveu, portanto, tentar ir até o Centro Kardecista. Mesmo porque, àquela altura, ele já estava curiosíssimo para conhecer o lugar o qual a amiga se apressava em considerar apropriado para ele.

Mas, coisa estranha, sua memória ia conseguindo recuperar uma e depois outra e, enfim, todas as referências. Tudo indicava mesmo que ali algo iria acontecer com ele. Não teve de serpentear muito pelas calçadas para se ver diante do prédio descrito pela amiga, o qual hospedava a reunião promovida pelos espíritas. Mas Renato, surpreso com o fato de o prédio ser de natureza comercial, chegou mesmo a desconfiar se havia acertado o trajeto. Porém, agora que o haviam estimulado, ele não queria voltar mais. Desejava conhecer o local, saber o que se destinava a fazer ao lado dos kardecistas, que tipo de mediunidade desenvolveria. Um pouco mais e deu de frente com o porteiro do prédio de quem recebeu orientação para chegar no Centro. Subiu até o quarto andar e, enfim, após atravessar um corredor imenso, achou a sala comercial número 409.”... a cara de um lugar que eu conheço!"

- Qual o seu problema? - Perguntou-lhe uma mulher à entrada do estabelecimento, ocupada em atender os visitantes.

Renato olhou para ela e, após hesitar um instante, afirmou não ter nenhum problema, observando que a resposta criou certa suspensão de assunto, levemente tensa, pois, de fato, era pouco comum uma pessoa procurar Centros Espíritas sem apresentar nenhum problema. Assim, apressou-se em explicar melhor a sua vinda.

- Tenho alguns questionamentos, algumas dúvidas, gostaria de conhecer melhor os trabalhos...

Mal podiam imaginar os dois que, a partir desse primeiro contato, se estabeleceriam fortes vínculos de afeição e amizade entre eles. Ela era uma radialista da rádio espírita Rio de Janeiro (AM). Depois disso, Renato Prieto nunca mais deixou os trabalhos do Centro pelo menos, até o dia desta entrevista - identificando-se muito com a lógica kardecista ao longo de muitos anos, ao lado de outros companheiros.

Renato Prieto não precisou ser arrastado para a espiritualidade, pois a espiritualidade já estava nele. Embora tivesse passado por experiências singulares, há homens que vivenciaram contatos sobrenaturais muito mais espetaculares e, no entanto, não acreditaram na existência dos espíritos. Há outros que acreditaram somente após muito sofrimento e, com meneios de cabeça, acabaram afirmando: "Se tivesse acreditado antes!" Porém, não se trata de crer ou não nos espíritos. 0 homem deve ser livre para ter suas próprias convicções, sejam elas quais forem, contanto que não negue a si mesmo o aprofundamento de novos conhecimentos por estar limitado por idéias preconcebidas, conhecimentos esses que bem podem ajudá-lo a viver uma existência melhor. E Renato Prieto, ao sentir que a espiritualidade acenava para ele, não opôs resistência ao sutil chamamento. De exclusiva vontade, quis se aprofundar na Doutrina. De forma simples, espontânea, tranqüila, nela se encontrou. Verdadeiramente.

De repente, Renato retornou de suas memórias e se lembrou, até com certo susto, que estava em meio à apresentação da peça Além da vida, ou melhor, no final, pois já era chegado o fim do último ato. Depois de breve silêncio, as luzes dos holofotes se enfeixaram em direção ao palco, quando os atores entraram todos e se postaram à frente do público entusiasmado.

Renato Prieto também se adiantou. Seus olhos umedecidos caíram na platéia, toda ela de pé, vibrante. E o ator recebeu de toda a multidão os aplausos. Palmas para Renato.

FONTE:http://renatoprieto.com.br/


Os efeitos especiais são uma
atração á parte nas peças
encenadas e dirigidas por Renato Prieto



O grande sucesso do espetáculo
"Além da vida" contou com a arte
de ninguém menos que o ator
Lúcio Mauro



A maioria dos espetáculos com a
temática espírita atrai um público diferenciado e curioso

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

IRMÃO SOL IRMÃ LUA



Imão sol Irmã Lua
Doce é sentir, em meu coração
Humildemente vai nascendo amor.
Doce é saber, não estou sozinho
Sou uma parte de uma imensa vida.
Que generosa reluz em torno a mim
Imenso dom de seu amor sem fim.
Do céu nos destes as estrelas claras
Nosso irmão sol, nossa irmã lua
Nossa mãe terra, com frutos campos flores
O fogo e o vento o ar e água pura.
Fonte de vida de toda criatura
Imenso dom de seu amor sem fim.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

VII MOSTRA DE TEATRO FRANSCENDENTAL EM FORTALEZA


VII Mostra de Teatro Transcendental

A Mostra Brasileira de Teatro Transcendental chega à sua sétima edição com o tema "Ética" e será realizada entre os dias 18 à 23 de agosto, no Theatro José de Alencar, patrimônio histórico e cultural de Fortaleza (CE). A Mostra artística é realizada anualmente com fins solidários e envolverá, neste ano, seis espetáculos de companhias de São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Rio de Janeiro e Ceará. Em 2009 o Sol vai brilhar novamente... Participe e ajude a mudar
a vida de muita gente...O Maior Evento Beneficente do Ceará.

VII Mostra Brasileira de Teatro Transcendental
Dia: 18 a 23 de agosto de 2009
Local: Theatro José de Alencar
Ingresso individual: 2 Kg de alimento não-perecível

* Dia 19/08 - Estréia com o Espetáculo
“O Amor Jamais Te Esquece”
O Espetáculo que revive o mais célebre julgamento da História, culminando na condenação e crucificação de Jesus, promete atrair o público cearense na abertura da VII Mostra Brasileira de Teatro Transcendental. Da companhia paulista Operários do Palco, “O Amor Jamais Te Esquece” é uma adaptação de obra homônima ditada pelo Espírito Lúcius ao médium André Luiz Ruiz e remonta a história passada há 2.000 anos em Roma e Jerusalém, revelando os bastidores do processo movido pelo clero judaico. Além de relembrar o amor de Jesus por Pilatos, antes e após o drama da crucificação, o “O Amor Jamais Te Esquece” remete a reflexões sobre o cotidiano, criando a possibilidade de o público repensar conceitos, valores e sua relação com a humanidade. . A peça desvela a personalidade de alguns dos seus principais protagonistas, entre eles Pôncius Pilatos, representante de César na Judéia, cuja omissão, simbolizada no lavar as mãos, ficaria eternizada na História.

* Dia 20/08 -Espetáculo “Quem tem Medo da Morte?” Leva humor e musicalidade...
Aproveitar a vida enquanto há tempo. Da Companhia Espírita de Artes Cênicas, da Comunidade Arte e Paz de Salvador (BA). O Espetáculo traz uma divertida apologia à vida. A peça leva ao palco, com música e humor, fantasmas e aparições que chamam a atenção dos espectadores para se preocuparem menos com a morte, aproveitando e valorizando o presente. buscam derrubar os clichês misteriosos que envolvem a vida após a morte. Apontam os conflitos sobre as influências invisíveis que cercam o ser humano e propõem ao público uma maneira singular de perceber a morte, que no espetáculo é tratada como um recomeço.

*Dia 21/08 -Espetáculo“Estranha Loucura” apresenta o invisível...
O espetáculo paulista “ Estranha Loucura”, uma adaptação da peça “A Estranha Loucura de Lorena Martinez”, do dramaturgo paraense Nazareno Tourinho. Apresenta a história de uma mãe de família que se descobre médium ao sofrer um processo obsessivo. Com uma proposta de apresentar o invisível como algo que pode ser sentido, a peça apresenta momentos de suavidade e fúria. O drama da protagonista Lorena Martinez é retratado nas cenas de estranhos acontecimentos que atingem a família Martinez. Vencedora do Primeiro Concurso Nacional de Dramaturgia Espírita pelo Núcleo Espírita de Artes Cênicas (NEAC).

* Dia 22/08- Espetáculo “02 de Novembro” emociona público ao encenar a Perda e o Encontro...
Uma das peças que promete emocionar o público é a “2 de Novembro”, que retrata a emoção de um reencontro entre mãe e filho. No roteiro do espetáculo, de Belo Horizonte (MG) de “2 de Novembro”, uma mulher de meia-idade, solitária e sem perspectivas, recebe a visita do filho único, que a deixou 10 anos antes. Um encontro onde se procura entender o porquê dos conflitos; das diferenças e por que o grande amor de ambos não foi suficiente para evitar momentos de dor na relação. “ 2 de Novembro” é baseada no drama da atriz Heloísa Duarte, que teve o filho assassinado quando saía de uma comemoração durante a estréia de um dos seus espetáculos. Por isso, boa parte das falas da atriz são confessionais e sinceras. Mesmo quem não faz idéia da biografia de Heloísa tem boas chances de se emocionar. A separação de filho e mãe no mundo real parece dar à intérprete o tom exato para construir a separação de filho e mãe no mundo ficcional.

*Dia 23/08 - Espetáculo “Inquieto Coração” encerra Mostra com Vida e Obra de Santo Agostinho...
O espetáculo carioca “Inquieto Coração” é uma das atrações que promete sucesso de público na VII Mostra Brasileira de Teatro Transcendental. O monólogo é um mergulho nas reflexões de Santo Agostinho sobre diversos temas ligados ao ser humano, como a natureza do amor, a busca da verdade e o conhecimento de Deus. “Inquieto Coração” leva ao palco os pensamentos de Santo Agostinho, uma das figuras mais importantes no desenvolvimento do cristianismo no Ocidente. A partir da adaptação de quatro das principais obras deixadas por Santo Agostinho: “Confissões”, “A Trindade”, “A Cidade de Deus” e “Solilóquios”, produzidas depois da ordenação de Agostinho a bispo de Hipona, cargo que exerceu por quase 40 anos. Mais do que um espetáculo biográfico, “Inquieto Coração” propõe um encontro entre os escritos deste primeiro homem moderno e o homem de hoje.